29 marcas de Preenchedores de Ácido Hialurônico vendidas no Brasil em 2025
Marcas com registro na Anvisa e algumas irregulares, conheça todas e escolha o melhor!
Se teve uma coisa que cresceu mais que pão no ano passado foi a quantidade de preenchedores faciais à venda no Brasil e com registro na ANVISA. Em um ano, ou pouco mais que isso, pulamos de 20 marcas para quase 30 marcas sendo comercializadas aqui no Brasil…
Ahh, quais são as melhores??? Qual que eu escolho pra colocar no lábio? pra preencher têmpora?… você pergunta.
Isso é uma coisa difícil de afirmar… Não existe “o melhor preenchedor” para as mais diversas situações do dia a dia clínico. Mas vamos chegar lá, Padawan…
Como sempre acontece nos inícios de ano, fazemos um levantamento nas marcas que entraram ou sairam do mercado para que possamos ter informações sólidas para nossos alunos e leitores, e esse ano fizemos um questionário para saber quais as marcas mais usadas pelos profissionais que nos acompanham, este foi o resultado, em ordem alfabética:
Os 3 primeiros foram esperados. Rennova é uma marca com grande penetração entre profissionais “não-médicos” que é um grupo que está se ampliando cada vez mais. Juvederm e Restylane são lideres de mercado desde sua origem, no início dos anos 2000.
Na segunda leva, meio empatados, temos o Yvoire, Saypha e Belotero, marcas já bem estabelecidas no mercado, que estão brigando com o Biogelis, marca mais recente mas que entrou no mercado com tudo, sendo produzido 100% no Brasil.
E o resto vai mordendo pelas beiradas. E do jeito que vão entrando novas marcas no mercado, é uma disputa acirrada. Isso faz com que acompanhar as novidades fique sendo um trabalho árduo, daí o motivo deste levantamento, que pode guiar a escolha do produto por parte do profissional.
Mas antes uma informação importante dos nossos patrocinadores:
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Você vai perceber que existe 3 distinções de produtos aqui:
Marcas bastante estabelecidas, com literatura científica mais substancial e informações técnicas facilmente obtidas
Marcas menos estabelecidas e com pouca literatura científica associada ou com informações técnicas inexistentes ou de difícil acesso
Marcas que existem ainda em comercialização porém com registros junto à Anvisa caducados ou cancelados.
E para ser o mais imparcial possível, em cada categoria estamos listando os produtos alfabeticamente, sem preferência ou destaque para nenhuma delas.
É bom o leitor entender também que quando falo “literatura científica” me refiro especificamente a publicações científicas em revistas internacionais com conhecido reconhecimento pela comunidade científica. Infelizmente o Brasil tem raras publicações que podem refletir segurança técnica nas publicações científicas, de modo que não são plenamente confiáveis em seus artigos.
Não considero útil ou correto basear estas informações científicas por opiniões de profissionais do tipo “eu uso e acho ótimo” ou ainda “uso e nunca tive nenhum problema”. Este tipo de opinião normalmente são oferecidas por speakers das empresas e são carregadas de tendências comerciais. Lembre-se que muito do sucesso do tratamento depende de conhecer o produto a ser utilizado.
E, acredite, muitos profissionais validam a adoção de determinado produto simplesmente ouvindo isso. Por esta lógica, uma empresa com muitos “formadores de opinião” dariam uma validade científica para algum produto ou medicamento sem sequer uma publicação “oficial”, o que é muito errado. Não queria, mas vou acabar citando a Rennova. Tem uma penetração de mercado absurda, mas nada, ou quase nada, de publicações científicas de relevância sobre seus produtos.
Fizemos até uma abordagem um tempo atrás sobre esta questão de uma “falsa validação científica” quando falamos sobre o tal peptídeo botulínico que entrou na moda porque a empresa passou a ter dezenas de “embaixadores” da marca.
Outro ponto importante: dizer que um medicamento tem poucos trabalhos científicos publicados não faz dele um produto ruim ou contra-indicado para uso em nossos pacientes. Mesmo porque todos os medicamentos listados aqui tem registro junto à ANVISA e tem o seu grau de segurança avaliado e validado. Assim, reafirmo: a divisão que realizei aqui é didática/técnica, sem viés comercial.
Além dos nomes comerciais, listamos também o fabricante, o processo de reticulação e ainda os tipos que usualmente refere-se às diferentes viscoelasticidades dos medicamento, mas que de modo algum deve ser entendido como a indicação clinica.
Optei por dar o nomes como “viscoelasticidade” ou classificar como géis “pesados/médios/leves” para as diferentes densidades dos géis por serem termos mais corriqueiros. Penso que assim a leitura fica mais dinâmica e menos tecnicista, mesmo sabendo que não são termos 100% adequados.
O estudo da reologia é algo bastante complexo e não é alvo deste artigo. Para este entendimento e entender a indicação clinica mais precisa de cada produto e tudo que há para conhecer sobre reticulação, recomendo a leitura do trabalho de conclusão de curso da Prof. Roberta Zaideman Azar, que coloca em contexto estas indicações clinicas da vasta maioria dos medicamentos listados neste trabalho:
Apesar de ter buscado informações atuais e recentes em relação a data de publicação deste artigo, posso ter errado ou omitido informações. Deste modo, peço ao colega leitor que, se encontrar alguma informação discrepante, erro, omissão ou qualquer situação semelhante fazendo com que o artigo esteja incompleto/incorreto, entre em contato e prontamente este artigo será revisto e corrigido, mantendo-se sempre atual.
Se você procura informações sobre um produto em especifico, fiz um acesso rápido a cada um dos produtos descritos aqui, em ordem alfabética, só clicar em cima:
Vamos lá:
Belotero®
Fabricado pela Merz Aesthetics, uma empresa alemã e que tem um processo de reticulação chamado CPM®, abreviatura de Cohesive Polydensified Matrix® (matriz polidensificada coesiva, em português) e é um produto com defensores fiéis entre os profissionais do mercado.
É apresentado com quatro viscoelasticidades diferentes: Belotero Soft, Belotero Balance, Belotero Intense e Belotero Volume (do menos viscoelástico para o mais viscoelástico), com associação, ou não, da lidocaína.
Biogelis®/Kirialys®
Desenvolvido pela empresa francesa Hyal Biotech. Eu tive uma surpresa quando descobri que é a linha de preenchimento de uma empresa com sede em Luxemburgo mas a produção é em uma fábrica brasileira, a Pharmaesthetics. Tem uma estrutura bem grande e entraram com tudo no mercado, mas não consegui achar informações mais técnicas destes produtos, por isso que está nesta parte do artigo.
Seu processo de reticulação/fabricação chama-se DNE® (Dynamic Natural Effect), e vem apresentado em 3 densidades: Biogelis Fine Lines, Biogelis Global e Biogelis Volume. Em outra linha chamada Kirialys, com nomes parecidos: Kirialys Fine Lines, Kirialys Global e Kirialys Volume, e não há diferenças técnicas entre as duas familias de produtos, somente o publico. O Biogelis é direconada para não-médicos e o Kirialys é com foco em médicos. Estratégia de venda da empresa.
Uma coisa que achei interessante também é a seringa. Não é de vidro, é de um polimero semelhante ao policarbonato, com fixação do canhão da agulha em uma base fixa, evita a soltura do canhão.
Outro aspecto curioso é que a empresa tem um braço de venda com um publico alvo bem definido: cirurgiões-dentistas, tanto que os diretores comerciais se identificam como responsáveis pelo “segmento HOF”, e Harmonização Orofacial é da odontologia, né?
Bio Lift®
Fabricado no Brasil, pelo Laboratório Imunno Importação e Exportação, localizado em São Carlos/SP . É um m preenchedor intradérmico devidamente registrado na ANVISA sob o número 81700870002. Este produto é indicado especificamente para aplicação na derme média ou profunda, visando o preenchimento de sulcos nasogenianos e da região dos lábios e perioral, contendo cloridrato de lidocaína para reduzir o desconforto durante o procedimento.
Não tem diferentes viscosidades, basicamente é uma seringa de 1,0 mL de solução estéril de ácido hialurônico reticulado (24 mg/mL) de origem não animal. Não acho nem imagens comerciais da embalagem, mas achei uma que mostra a carinha dele:
Cientific®
Uma marca que apesar de estar no Brasil por aqui há muitos anos, fabricada pela empresa argentina Futerman International, tem pouca representividade. Única informação que temos é que vem apresentado em 3 tipos: Científic 30, Científic 24 e Científic 18, em que estes números indicam a concentração de ácido hialurônico em cada seringa (30mg, 24 mg, 18 mg) e as suas viscoelasticidades.
Cutegel®
Fabricado pela coerana BNC KOREA, INC, é representada no Brasil pela Prow Aesthetics. Tem uma apresentação confusa por ter duas reticulações supostamente diferentes, mas com mesma indicação clinica:
Tanto o Cutegel Lidocaíne CL-Max quanto o Volifil Deep são indicados para implante na camada dérmica média a profunda. A diferença aparentemente está nas agulhas recomendadas: o Cutegel CL-Max utiliza agulhas de 23G, enquanto o Volifil Deep recomenda agulhas mais finas de 25G e 27G. Isto sugere que o Cutegel possivelmente possui maior viscosidade, necessitando de uma agulha de maior calibre para sua aplicação adequada, embora ambos contenham a mesma concentração de ácido hialurônico e lidocaína.
Os dois produtos compartilham o mesmo número de registro ANVISA: 81842980002. O fato de compartilharem o mesmo número de registro indica que, do ponto de vista regulatório brasileiro, esses produtos são considerados variações de uma mesma formulação básica.
Derma Hyal®
Se há um produto misterioso, é o DermaHyal, fabricado pela Oft Vision, empresa nacional. Vem com nomes que parecem concentrações: DermaHyal 1,4%, DermaHyal 2%, DermaHyal 3% e é tudo que é possível saber.
e.p.t.q.®
Com um nome estranho para ouvidos acostumados com o português, o EPITIQUE (é assim que se pronuncia) é um produto de origem coreana do fabricante Jetema co. (que, aliás, tem muitos produtos interessantes para uso na harmonização facial).

Epitique, ou e.p.t.q.® é uma aglutinação de duas palavras (lembra do colégio?) : ‘Exquisite’ (em inglês, significa único, delicado) ‘Technique’ (obviamente, significa técnica), então é um nome estranho que tem um significado curioso.
Não há um nome ou marca específica para o processo de reticulação, mas a empresa criou um termo chamado “The 9 Process“, que associa os 9 fatores/propriedades mais importantes para o preenchimento facial, conforme o fabricante: composição, reticulação, segurança, densidade e extrusão da seringa, etc, obviamente eles nos informam que a linha toda do e.p.t.q. atende aos 9 pontos, né?
Também está disponível em 3 viscoelasticidades, do mais “leve” ao mais “pesado”: e.p.t.q. S 100, e.p.t.q. S 300 e e.p.t.q. S 500
EVOFill ® e EVO EVER®
Vendido pela EVOpharma por aqui, é um produto fabricado pela Bioplus, empresa coreadna que tem vários produtos, inclusive o tal EVO PDRN que brigamos por tanto tempo por estar (até a data deste artigo) com registro errado junto à ANVISA. Por lá, na Coréia do sul, é chamado de SkinPlus Hyal
É um produto diferente dos demais pois sua reticulação é feita por DVS (divinilsulfona) ao contrário de todos os outros produtos no mercado que utilizam o BDDE, e isso traz uma vantagem que permite uma reticulação mais eficiente e portanto, em teoria, maior tempo para ser degradado em organismo (dai o nome Ever, né?). MAS…
Traz duas desvantagens: a Divinilsulfona é mais reativo com o Acido Hialurônico quando comparado com o BDDE, isso pode levar a uma maior incidência de subprodutos ou resíduos tóxicos se o processo de reticulação e purificação não for rigorosamente controlado (tivemos outros preenchedores de primeira geração, por assim dizer, que usavam DVS e sairam do mercado, não saberia dizer os motivos). E a outra desvantagem é o comportamento do Ácido Hialurônico quando for necessário utilizar a Hialuronidase. A reversão de eventual complicação pode ser mais complicada, como já acontece com os produtos mais reticulados da Juvederm.
À parte disso, o produto tem uma única reticulaçao (também diferente dos demais no mercado), indicado para preenchimento em contorno facial e marcas faciais mais profundas.
E tem a desgraça do marketing, né? A empresa fala que este produto é um “Bio estruturador”, e na caixa vem um “bio structurer”porque usar um termo estranho em inglês dá automaticamente autoridade para o produto (arrã…). Na prática? É um preenchedor de alta viscosidade com prazo de duração mais longo. O quanto mais longo? Ainda estamos por ver….
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Hialurox®
Fabricado pela Termofrio, uma empresa de São Paulo, tem um produto que está no mercado há uns bons 8 anos, ficou um período desacreditado devido a problemas com alguns lotes de produtos lá por 2015, 2016, e última informação sobre isso que houve uma reformulação do produto e retomaram uma campanha mais forte com foco em dentistas há uns 4 anos ou pouco mais.
O produto é chamado de “Ácido Hialurônio reticulado de origem não animal”, que só por acaso tem a mesma tradução que o da Restylane, o NASHA®, e vem apresentado em, do mais leve para o mais pesado como Hialurox Ultra Soft, Hialurox Ultra Fine, Hialurox Ultra Fill, Hialurox Ultra Lift.
Hyalufit®
Fabricado pela DMC Equipamentos (que quem trabalha com Laser deve conhecer de longa data) é um medicamento que está 100% regularizado junto à Anvisa, porém sem representatividade comercial nenhuma.
Estes preenchedores vem apresentados como Hyalufit ST Face (Baixa reticulação), Hyalufit ST Face Plus(Média reticulação) e Hyalufit ST Face Lips de Alta reticulação, todos com 25mg/ml de ácido Hialurônico.
Achei interessante que a forma de apresentação é em quantidades bem especificas, em seringas com volumes variados de 0,1mL, 0,2mL, 0,5mL, 1mL e até 1,5mL. Mas como diria o Zeca Pagodinho: Nunca vi, nem comi, Eu só ouço falar.
Hydryalix®
É produzido pela PANAXIA LTD empresa israelense que também fabrica o HarmonyCa. Hoje, o HarmonyCa é um produto da Allergan, mas este preenchedor Hydryalix® pertence à Abbvie, que é dona da Allergan. Confuso? Sim, mas é como se a linha Juverderm tivesse ganho um irmão mais novo do grupos de preenchedores faciais, ainda que não tenha sido ela que o criou.
Enfim, melhor parar de confundir as coisas… Hydryalix® está no mercado com registro na Anvisa 82664440012 mas parece que por aqui só existe uma versão que está mais proxima do skinbooster do que do preenchedor.
Hydryalix Gentle Lidocaína é indicado para injeção na derme superficial e média para corrigir linhas superficiais, rugas finas a moderadas e danos ligeiros na pele… Ou seja, de pequena viscosidade.
Mas este não é o único que existe, ainda tem o Hydryalix® Deep, Ultra Deep e Lips. E fora do Brasil ainda tem a versão com Hidroxiapatita de cálcio, tal qual o HarmonyCa, mas todos estes registros foram cancelados em 2021, justamente quando a Abbvie comprou a empresa.
Ilikia UP®
Pelo jeito vem mais preenchedores da Coréia do Sul para o Brasil do que Doramas.
Este é fabricado pela empresa CG Bio e, até onde entendi, é um produto bifásico também apresentado em 3 reticulações: Contour, Fine e Deep. Interessante que tem opções com seringas com 1 ou 3 ml (na versão MAX), o que pode ser vantajoso financeiramente para tratamentos mais extensos. Registro número 10378640017
Na bula fala as indicações: BAHF-DERM (menor partícula) é indicado para depressões faciais superficiais em pele fina, BAHF-DEEP (partícula média) para lábios e face média onde há movimento acentuado exigindo elevação natural, e BAHF-SUB (maior partícula) para dobras nasolabiais e têmporas que necessitam maior volume em pele mais espessa.
Juvederm®
Da multinacional Allergan, com produção EUA/França, registro ANVISA 80143600008 para linha Ultra.
Hoje, penso, é a marca mais relevante no mercado. Não há empresa com tantos artigos publicados sobre preenchedores como tem a Allergan com toda a linha Juvederm. Isso traz segurança para o profissional e paciente, e aí está o grande curinga da marca.
A Allergan desenvolveu um processo muito interessante de reticulação que se chama Vycross®, não usando somente o BDDE como reticulador, mas também cadeias de ácido hialurônico curtas e que formam uma malha de ótima durabilidade em tecido. Nesta linha,, do menos viscoelástico para o mais: Juvederm Volite, Juvederm Volbella, Juvederm Volift e Juvederm Voluma, tendo um ainda acima deste, mais recente, chamado de Juvederm Volux indicado para aplicações supraperiosteais.
A empresa ainda mantém no Brasil, com o processo de reticulação anterior, o Hylacross®, os preenchedores Juvederm Ultra XC, Juvederm Ultra XC Plus, já que são produtos com muito tempo de mercado e preferência de muitos profissionais.
Milimetric PRO®
Este chegou no Brasil pela CIMED, uma das maiores empresas farmacêuticas do Brasil. Um lado bom é que do ponto de vista legal e regulatório, tem o registro direitinho na Anvisa.Milimetric é uma marca na verdade que está buscando formar uma gama grande de produtos, com fios de PDO, produtos de homecare, etc.
Ele vem em 3 versões: Leve, moderado e Intenso, meio autoexplicativo quando a suas aplicações, e outra coisa interessante é que este também é um preenchedor reticulado com DVS.
Mas vou dar um spoiler: Milimetric PRO é o MESMO, EXATAMENTE O MESMO produto da linha da EVO Filler (produzida pela coreada BioPlus Co). Mesmo fabricante, mesmo produto, nomes diferentes no mercado nacional. Então o que falei sobre os preenchedores EVO vale também para o Milimetric PRO.
Deste modo, a decisão entre adquirir EVO ou Milimetric Pro pode ser fundamentalmente financeira, considerando que ambos os prudutos são idênticos.
Neuramis®
O Neuramis® é um preenchedor de ácido hialurônico fabricado pela Medytox e distribuído em mais de 55 países, aqui no Brasil é distribuido pela DermaDream, mesma empresa que vende o Yvoire, o Botulift e o Aesthefill. Seu processo de reticulação usa a tecnologia SHAPE®, que envolve dois estágios de reticulação e um processo de purificação aprimorado
Uma característica do Neuramis® é a agulha de parede ultrafina, que teoricamente melhora o fluxo e reduz a força durante a injeção, devido ao seu diâmetro interno maior em comparação com as agulhas convencionais. Além disso, o Neuramis minimiza a quantidade residual de BDDE por meio de um processo de diálise natural.
Nesta linha, existem 3 densidades: Neuramis Lidocaína, indicado para rugas de intensidade média, o Neuramis Deep Lidocaína, ideal para rugas profundas, e o Neuramis Volume, recomendado para restauração de volume facial.
Perfectha®
Criado pela Sinclair Pharma da França.
Outra marca bastante conhecida por estas plagas foi desenvolvida pela Sinclair Pharma e é fabricada pelo laboratório francês ObvieLine. Curiosamente é um produto que não tem vergonha de se classificar como sendo Bifásico (como a Restylane, que até hoje se nega a confirmar que também o é), e justamente por isso tem grande capacidade de projeção de tecidos.
Ao contrário de outros laboratórios, não há um nome especifico para o processo de reticulação, e ele vem apresentado em várias visco-elasticidades (do mais denso para o meno denso): Perfectha Subskin, Perfectha Deep, Perfectha Derm e Perfectha FineLines.
Pluryal®
Se você está no mercado há algum tempo, teve ter recebido a informação de um produto para pele que era comparável com o NCTF® da Filorga® com um valor que era 50% menor. Este este produto era o Pluryal Booster, e teve alguma penetração no mercado.
Depois de um tempo, surgiram os preenchedores faciais. Produzido pela MD Skin Solutions, empresa de Luxemburgo, tem duas apresentações Pluryal Classic, Pluryal Volume. Não sabemos o processo de reticulação e as informações param por aí mesmo…
Rennova®
Fabricado pela austríaca Croma-Pharma. Marca onipresente para os profissionais de Harmonização Orofacial, a Rennova tem se empenhado muito em se manter lider neste campo aqui no Brasil. Rennova é uma marca da Innovapharma, que é uma empresa inglesa, segundo informações oficias, mas que não consegui localizar exatamente a sede por lá.
Em compensação existe uma sede muito grande no Brasil e com um foco muito grande na venda para profissionais cirurgiões-dentistas (que são deixandos de lados por muitas outras empresas).
Curiosamente a Innovapharma não é um fabricante, ela utiliza de outros laboratórios para a produção de suas linhas de produto, um processo chamado outsourcing, muito comum fora do país. Isso dá agilidade para a empresa focar no mercado, deixando a parte técnica a cargo de empresas com know-how na área.
Isso se reflete nos preenchedores que são oferecidos com a marca. Os preenchedores Rennova Fill e Rennova Lift são produzidas pela Croma, que é Austríaca (o mesmo fabricante do Saypha, que falaremos daqui a pouco) e utiliza a reticulação chamada XPM Tech®.
Já os preenchedores mais novos, que tem o nome de Rennova Skin , Rennova Deep e Rennova Ultra Deep tem um processo de reticulação chamado Hybrid MoBi® e é fabricado pela Luminera, um laboratório Israelense, recém adquirido pela Allergan e que fabrica o inovador HArmonyCa® (um produto que associa ácido Hialuronico com bioestimulador de colágeno à base de Hidroxiapatita de Cálcio)
Eu posso estar enganado, mas estes 3 últimos produtos são comercializados fora do Brasil com o nome de Hydryalyx Gentle, Deep e Ultra Deep, mas não posso afirmar com certeza. De todo modo, tanto a Croma como a Luminera são empresas muito capazes no que oferecem e os produtos vem carregados com uma base científica bastante sólida.
Restylane®
Produto da sueca Galderma com registro ANVISA 80143600048.
Por muitos anos, Restylane® foi sinônimo de preenchimento facial. Tenho pacientes mais velhas que não pedem preenchimentos faciais, pedem para fazer um “restylane”, no melhor uso da metonímia.
E não é a toa, a Galderma é uma das gigantes da estética e também vários produtos excelentes como o bioestimulador Sculptra® e a toxina botulínica Dysport®.
Apesar da relação do laboratório não ser dos melhores com profissionais “não-médicos” (um termo meio ridículo cunhado pelos “sim médicos”), a adoção destes produtos pelos profissionais estão aumentando cada vez mais, justamente por praticarem valores atrativos e ótimo custo-benefício.
Desde 2014 a Galderma® também passou a representar os preenchedores da Emervel (outro produto que surgiu em 2010 e foi muito bem aceito na comunidade médica), e hoje se fundiram em uma grande familia de preenchedores.
Os produtos originais Restylane®, do mais denso para o menos denso, são estes: RestylaneLyft , Restylane, Restylane Skinbooster Vital, Restylane Skinbooster Vital Light, todos com o processo de reticulação chamado NASHA® (Non-Animal Stabilised HA, ou Ácido hialurônico estabilizado não-animal)
Já os produtos da Emervel que foram absorvidos pela Restylane possuem o processo de reticulação chamado OBT® (Optimal Balance Technology, ou tecnologia de equilibrio ideal em uma tradução literal) e é representada pelo produtos Restylane Refyne, Restylane Volyme, Restylane Fynesse, Restylane Defyne e Restylane Kysse.
Só a titulo de curiosidade, o termo Skinbooster é uma marca registrada da Galderma, e hoje, nos mesmos moldes do Restylane, é sinônimo de hidratação cutânea. Olha outra metonímia por aqui.
Revanesse®
Produzido pelo laboratório Prollenium Medical Tech, do Canadá, o Revanesse começou a ser comercializado no Brasil em 2010 pelo gigante laboratório Aché, e hoje conta com uma distribuição independente.
Com uma tecnologia de reticulação chamada Thixofix® (e que é um nome muito interessante, se você considerar o que é a Tixotropia e está no mercado com 4 densidadees: Revanesse, Revanesse Kiss, Revanesse Ultra e Revanesse Contour
Um detalhe que o fabricante indica é que toda a linha Revanesse® tem uma quantidade muito baixa de BDDE residual, o que faz o produto ter baixo índice de reações depois de implantados, além de passar por um processo específico de trituração de suas partículas, deixando-as uniformes e obtendo um gel mais homogêneo.
Saypha®
Conhecido anteriormente como PRINCESS, Saypha® é novo nome dos preenchedores da Croma Pharma, uma empresa austríaca e que tem boa penetração junto aos tais “não-médicos”. Já falamos do laboratório quando comentamos sobre as duas linhas do Rennova, anteriormente neste texto.

Os produtos da Croma se apresentam com baixissimo BDDE residual, com índices muito abaixo do que o exigido, ou seja, baixíssimo risco de formação de edema ou qualquer reação alérgica e usa um processo de reticulação chamado MACRO®.
Quanto as viscoelasticidades disponíveis, do menos para o mais viscoelástico são: Saypha Filer, Saypha Volume, Saypha Volume Plus, com opções com lidocaina em cada uma destas linhas.
Há ainda um outro produto, o Saypha Rich, que não tem reticulação, sendo o ácido hialurônico somente estabilizado com glicerina, e que é indicado para processo de hidratação profunda.
Singderm®
Mais uma produto de origem asiática que entrou no final de 2024 no Brasil. Produzido pela chinesa Hangzhou Singclean Medical e distribuida pela Prow Aesthetics, ela vem em duas apresentações, 2ml e 10 ml, para face e corpo respectivamente.
Singderm® é composto por ácido hialurônico reticulado de alta concentração (24mg/ml) combinado com lidocaína (0,3%), mas curiosamente é um produto de um única viscosidade, com indicação bem ampla (conforme o fabricante): Indicado para injeção na derme média a profunda ou no tecido subcutâneo para correção de depressões médias ou profundas da pele, bem como para corrigir déficit de volume relacionado à idade.
Sofiderm®
Fabricado pela chinesa HANGZHOU TECHDERM BIOLOGICAL PRODUCTS CO, chega no Brasil pela Aeskins, e tem registro todo certinho. Um ponto interessante é a forma de apresentação, já que a linha Sofiderm tem tanto pra tratamento Corporal como facial.
Para corpo, exstem duas reticulações: Sofiderm Derm Sub-Skin com a maior macropartícula (1800μm) sugerindo ser um material bifásico (afinal monofásicos quase nunca se caracterizam por tamanhos de particulas) e o Sofiderm Derm Plus apresenta macropartículas de 1500μm. Um ponto interessante é que eles tem fator de volumização que permite expansão da partícula entre 20% e 30% em aproximadamente 30 dias, ou seja, apesar de ser interessante para o corpo, causariam grande edema e inchaço em face.
Já pra face, tem o Sofiderm Deep possui partículas de 1000μm para preenchimento e projeção da região malar, zigomática profunda, têmpora, mandíbula, mento, fossa periforme e definição mandibular. O Sofiderm Derm apresenta partículas de 700μm para ser aplicado na derme média e profunda, e o Sofiderm Fine Lines contém as menores partículas (500μm) da linha e é aplicado na derme superficial.
Stylage®
Marca de mais um laboratório francês, Vivacy, a linha Stylage® tem uma nomenclatura muito curiosa para seus produtos (do menos denso para o mais denso), Stylage Hydro, Stylage S, Stylage M, Stylage L, Stylage XL, Stylage XXL. Acho curioso e auto explicativos estes nomes, facilitando a escolha.
Com excessão da linha Hydro, que não é reticulada, todas as outras passam por um processo chamado IPN-Like Technology® (InterPenetrated Networks, em uma tradução livre seria algo como tecnologia semelhante à redes interpenetradas, seja lá o que desejam transmitir com isso…)
Um detalhe interessante é que estes medicamentos são associados a Manitol ou Sorbitol para que atuem como anti-oxidantes, oferecendo um resultado mais completo.
Teosyal®
É fabricado pela Teoxane, um laboratório suíço muito grande e que patrocina com grande destaque eventos importantes como o IMCAS.
Por aqui, era um produto comercializado pela Cristália há muitos anos até que teve o cancelamento do seu registro junto à ANVISA em setembro de 2020. A empresa que o vendia também representa o Stylage®. Possivelmente foi uma estratégia comercial, e tenho certeza que deixou muitos profissionais orfãos pois contava com uma legião de adeptos.
A linha de preenchedores de ácido hialurônico Teosyal era composta por: Teosyal Global Action, Teosyal Touch Up, Teosyal First Lines, Teosyal Deep Lines, Teosyal Ultra Deep, Teosyal Kiss, Teosyal Meso, Teosyal Ultimate.
Yvoire®
Presente desde 2010 no mercado asiático, este é dos últimos lançamentos no mercado nacional. O Yvoire é produzido pela LG Chem® (uma subsidiária da LG, aquela mesma que faz telefone, TV, etc) e distribuida por aqui pela Dermadream, que também tem o Botulift.
Com um processo de reticulação chamado HICE®, o Yvoire se apresenta como um “preenchedor bifásico que tem características monofásicas” e vem em 3 densidades: Yvoire Classic, Yvoire Volume e Yvoire Contour, também com a opção com lidocaína.
Curiosamente, foi a entrada da Yvoire no Brasil que começou uma mudança em como as empresas “provam” a efetividade de seus produtos. Antes, falava-se exclusivamente de G´ (ou G Prime) como a principal propriedade reológica do preenchedor, hoje, com o marketing da Yvoire falando em Tan δ (Tan Delta) as demais empresas estão adequando suas comunicações. Mas bem que se diga: Tan δ é um indice mais adequado para essa classificação, mesmo não sendo ainda o mais completo.
Preenchedores vendidos no Brasil de forma IRREGULAR!!
Varioderm®
Fabricada pela alemã Adoderm, estava no mercado até a entrada do Yvoire e teve o registro cancelado em dezembro de 2019. Tem um processo de reticulação chamado MPT (Monophasic Particle Technology) e curiosamente mostrava uma concentração baixíssima de ácido hialurônico em cada seringa e que era justificado por ter o “maior cross-link do mercado” (lembre-se que isso não reflete nenhum resultado clínico, nem positivo nem negativo, há muito o que considerar neste aspecto).
Era apresentado em várias densidades: Varioderm Fine lines, Varioderm Basic, Varioderm Plus, Varioderm Subdermal, Varioderm Lips & Médium
Loyoderm®
Este é um preenchedor que praticamente não tem informações. Tem um perfil no Instagram que mostra somente fios de PDO… e pior, sem anvisa. Parece ser algo parecido com o Strianon, com foco em preenchimentos corporais, mas este produto NÃO TEM ANVISA NEM AUTORIZAÇÃO DE VENDA NO BRASIL. Mas juntamente com o perfil do Instagram, tem também reclamações no Reclame aqui… Ou seja, zero confiança, mesmo se tivesse legalizado.
Monalisa®
Vem em 3 formulações diferentes, da maior para menor viscosidade são: Monalisa Hard, Monalisa Soft e Monalisa Mild. O fabricante indica que o Monalisa Hard indicado para restauração volumétrica profunda e suporte estrutural em áreas como mandíbula, zigomáticos e mento tem duração média é de 12 a 18 meses.
O Monalisa Soft visa correção superficiais da derme, rugas iniciais e região periorbital. Sua duração média é de 6 a 12 meses, e por fim o Mild possui a menor viscosidade da linha, apresentando baixa densidade molecular e mínima reticulação, sendo ideal para áreas delicadas que requerem correções sutis na camada mais superficial da derme, quase como um skinbooster.
MAS TAMBÉM NÃO TEM ANVISA. De onde vem tudo isso? Pela Ponte da Amizade?
Domínio do mercado nacional com preenchedores Coreanos
Não bastasse os Doramas, K-Pop, o Round 6 e o Kinchi, agora temos também a dominação dos preenchedores coreanos no Brasil. Das 29 marcas de preenchedores listadas neste artigo, 7 tem origem coreana, a saber: Cutegel®, e.p.t.q.®, EVOFill Ever®, Ilikia UP®, Neuramis®, Sofiderm®, Yvoire®.
Isso dá incríveis 24% da base de usuários e profissionais que usam produtos da Coréia do sul (obviamente baseado em nossa pesquisa).
Penso que, neste momento que tenha abrangido todos os produtos disponíveis no Brasil, e que sirva aos profissionais para orientar suas escolhas de preenchedores à base de ácido Hialurônico.
Enfim… Possivelmente quanto você ter terminado de ler este artigo, já deve ter entrado mais um produto no mercado, então coloque aqui em baixo nos comentários se você sabe de alguma marca não listada e vou atualizando assim que possivel este conteúdo.
Por enquanto é só! Hasta.