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Harmonização Facial
Swelling Factor nos preenchedores faciais
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Swelling Factor nos preenchedores faciais

A partir de uma excelente dúvida que surgiu em um de nossos grupos de WhatsApp, gravamos uma sequência de áudios para explicar um dos temas complexos da nossa prática com preenchedores faciais: o swelling factor (“fator de inchaço”) dos preenchedores de ácido hialurônico. Como o assunto é cheio de detalhes, compilamos aqui as ideias principais para facilitar a consulta.

O swelling factor é, grosseiramente, a capacidade do gel de ácido hialurônico (AH) de absorver água e expandir seu volume após a injeção. Isso significa que o volume inicial não é o final. Um produto com alto swelling factor irá “crescer” nos dias seguintes, exigindo que o profissional “subtrate” a aplicação, ou seja, injete um volume ligeiramente menor para evitar a hipercorreção.

O ponto central discutido foi que o swelling factor nunca atua sozinho.

O resultado clínico é uma “conversa” entre diversas propriedades reológicas. O comportamento de um preenchedor depende da sua interação com a coesividade (capacidade de se manter unido), integração tecidual (como se assenta no tecido) e G’ (firmeza). Por exemplo, produtos monofásicos (gel homogêneo) geralmente se integram melhor que os bifásicos (particulados).

Como os fabricantes não divulgam os valores de swelling factor, nossa análise depende da observação clínica. Nos áudios, comparamos dois perfis como um exemplo:

  • Os Preenchedores Croma são percebidos como tendo um swelling factor relativamente alto. No entanto, por serem monofásicos e de alta coesividade, eles apresentam excelente integração tecidual. Isso permite que o volume se “assente” de forma homogênea, tornando-os mais previsíveis, mesmo em áreas de pouca distensão como o nariz.

  • Preenchedores bifásicos podem ter um comportamento distinto. Com menor integração, o volume tende a ficar mais localizado. Se o swelling factor se manifesta de forma tardia, como descrito no áudio, o aumento de volume localizado pode gerar um resultado imprevisível e até perigoso, com risco de compressão.

A principal conclusão é: não simplifique a regra.

Um “alto swelling factor” não é necessariamente ruim se for compensado por outras propriedades, como uma boa integração tecidual. O comportamento clínico de um produto é soberano e resulta da interação de todas as suas características. Entender a tecnologia (monofásico vs. bifásico) e observar a resposta do paciente é mais importante do que se apegar a um único parâmetro reológico.

Esperamos que esta compilação ajude a clarear este tópico fundamental, e deixamos aqui mais dois artigos para complementar esta informação:

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